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sábado, 10 de setembro de 2011

Amor Pueril

Postado por Babi às 06:43
Cá estou eu, sentada em meio a multidão, esperando por você. Olho para os lados na tentativa de ver você chegar, mas a única coisa que vejo são as mesmas pessoas de sempre com sua pressa rotineira. Fico ali, sentada, imaginando como será quando você aparecer, seu abraço, seu beijo.
Me sinto frustrada, abaixo a cabeça para voltar a ler aquele texto horrível escrito em páginas amareladas pelo tempo. Já se passaram horas, penso. Olho no relógio. 3 minutos.

Minha infelicidade aumenta a medida que esses 3 minutos vão se multiplicando. Já estava me apegando a ideia de que você não iria aparecer quando vejo, em meio aqueles rostos, o teu. Um sorriso involuntário teima em aparecer em minha face. Isso é ridículo, estou parecendo uma criança em noite de natal. Mas é impossível não sorrir.

Me levanto esperando que você me pegue em seus braços e me dê aquele tão sonhado beijo. Me contento com um "bochecha com bochecha". Agora que você está aqui, sentado tão perto de mim, aquelas falas que tanto tentei decorar não apareceram.
Quando isso ficou tão estranho? Antes, quando éramos apenas bons e velhos amigos, eu poderia ficar horas conversando e dividindo uma coca-cola com você. Mas agora não. Maldito amor. Porque fui me apaixonar pelo meu melhor amigo?

Começo a olhar para os lados novamente, vejo vários casais conversando de mãos dadas e rostos colados. Mas vejo vários grupos de amigos também. Lembro de quando éramos assim, de quando essa paixão devastadora ainda não se mostrava presente, pelo menos, não tão presente assim, mesmo que eu sempre soubesse que você sempre foi mais que um amigo pra mim, quando nós saíamos para beber e conversar. Pensava em você como um irmão, não como um candidato à namorado. Lembro que você está ali, sentado ao meu lado já entediado pelo silêncio.

Olho para baixo na esperança de encontrar as palavras certas entre meus dedos da mão, ou no chão. Tentativa frustrada. Poucas palavras foram trocadas até que eu dei uma desculpa qualquer para ir ao banheiro. Lavo meu rosto e tento me convencer de que nada vai ser diferente, mesmo que eu esteja apaixonada secretamente pelo meu melhor amigo. Droga. Porque isso acontece? Porque o coração nos prega tantas peças? Minha tentativa de auto-convencimento não funciona. Volto e tento recuperar o tempo perdido.

Quando finalmente chego, depois de atropelar várias pessoas que mais pareciam baratas tontas, vejo você se levantar. "Tenho que ir." você disse. Como assim "tenho que ir"? Tive vontade de tomar seu rosto em minhas mãos e dizer tudo o que eu realmente sinto, na esperança de que você sinta o mesmo. Mas minha coragem de chinchila não me permite.

Vejo você se afastar, um aperto no peito quase faz com que eu me incline para a frente para diminuir a dor, mas aquelas frases decoradas que me trairam, agora resolveram dar o ar de sua graça e ficam presas em minha garganta e me impedem de gritar para que você volte. Sento sozinha novamente e digo para mim mesma, no silêncio de meus pensamentos, o que estava travado em minha garganta: eu amo você!

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