hoje eu ia escrever, juro que ia. Mas estava eu, como de praxe, vagando sem rumo pela internet, quando me deparei com esse texto da Tati Bernardi que dá de mil em qualquer palavras sem sentido que eu poderia vir a colocar aqui. Então, eu como boa moça que sou, resolvi poupá-los de ler qualquer coisa que saia dessa minha cabeça deveras incoerente e colocar algo que realmente faça sentido.
Agora, deixo-os com um pouco palavras.
TRIZ - TATI BERNARDI
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…
Câmbio desligo.
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